Blog

06/05/2022

Maria: querida e terna Mãe!

Por Felipe Borges, Seminarista Paulino

“Maria, minha querida e terna Mãe, mantende a vossa santa mão sobre a minha cabeça”

Como nos tempos do Padre Tiago Alberione – tempos de acentuadas mudanças políticas e tecnológicas, bem como num contexto das duas guerras mundiais do século XX –, nos dias de hoje também invocamos a Maria para “ultrapassar bem este nossos dias”. Invocá-la como fez Pe. Tiago Alberione; invocá-la para viver plenamente o Evangelho de Jesus Caminho, Verdade e Vida em todas as dimensões da nossa vida; invocá-la para, olhando o seu exemplo de entrega total aos planos de Deus, também nós sermos “todo homem [todo ser humano] em Jesus Cristo… Tudo: natureza, graça e vocação, para o apostolado.” (AD 96-100).

Oportunidade forte para essa invocação e oração intensa a Maria é o mês de maio, tradicionalmente conhecido como o “mês mariano”.  Trata-se de autêntica devoção, como ensina a Igreja: olhar para Maria e nos aproximar de seu Filho. Nas palavras do Papa São Paulo VI: “Na Virgem Maria, de fato, tudo é relativo a Cristo e dependente d’Ele: foi em vista d’Ele que Deus Pai, desde toda a eternidade, a escolheu Mãe toda santa e a plenificou com dons do Espírito a ninguém mais concedidos. A genuína piedade cristã, certamente, nunca deixou de pôr em realce essa ligação indissolúvel e a essencial referência da Virgem Maria ao divino Salvador” (Marialis Cultus, 25).

Bem ilustra essa autêntica devoção a imagem da Rainha dos Apóstolos, legada e sugerida pelo Bem-aventurado Pe. Tiago Alberione. Nela Maria oferece Jesus ao mundo, portando um pergaminho, isto é seus ensinamentos, seus exemplos, tudo o que é bom para o ser humano viver neste mundo. E quantas coisas boas devemos aprender na escola de Jesus que nos recomenda sua mãe: “Fazei o que ele vos disser” (Jo 2,5).

Ouçamos o conselho de nossa querida e terna Mãe, dispondo-nos a buscar a paz, fruto do diálogo, na procura incansável do bem comum – nestes tempos de guerras e discursos de ódio.

Como exortava o Concílio Vaticano II: “Dirijam todos os fiéis instantes súplicas à Mãe de Deus e mãe dos homens, para que Ela, que assistiu com suas orações aos começos da Igreja, também agora, exaltada sobre todos os anjos e bem-aventurados, interceda, junto de seu Filho, na comunhão de todos os santos, até que todos os povos, tanto os que ostentam o nome cristão, como os que ainda ignoram o Salvador, se reúnam felizmente, em paz e harmonia, no único Povo de Deus, para glória da santíssima e indivisa Trindade” (Lumen Gentium, 69).

Não deixemos, portanto, de invocar nossa querida e terna Mãe e por meio dela reforcemos nossa fidelidade ao seguimento de Jesus, “assim na terra como no céu”, fazendo a vontade do Pai que quer o bem de todas as pessoas.

Em conclusão, meditemos as palavras do Padre Alberione: “Uma bondosa mãe é um precioso tesouro numa casa. Maria realiza numa casa o que faz a melhor das mães; ou melhor, ainda mais, o que não conseguiria fazer a melhor mãe. Maria traz o sorriso humano e a alegria celeste; mesmo que aí tenha entrado a dor. Maria traz sua luz celestial, que suavemente se difunde nas almas, mesmo que nelas haja trevas e ignorância. Maria abranda os corações, leva-os à prática do bem, santifica os costumes, difunde a benevolência entre todos. Maria favorece a compreensão e o afeto entre os esposos, dá docilidade aos filhos, paciência e laboriosidade a todos. Por meio de Maria reaviva-se a fé, revigora-se a esperança do céu, difunde-se a caridade e se restabelece a vida cristã na casa” (Carissimi in San Paolo, 574).

,