Por Pe. Darci Luiz Marin, ssp
Sentes compaixão?
O Dia Mundial dos Pobres foi instituído pelo Papa Francisco – no final do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, em 2016 – e celebrado pela primeira vez em 2017. Celebrado anualmente, no 33 domingo do tempo comum, estamos chegando neste domingo (dia 14) ao quinto ano.
O objetivo deste Dia é fazer com que as pessoas de boa vontade resistam e se oponham à cultura do descarte e da indiferença, ajudando a formar uma cultura do encontro. A celebração presta-se a um convite para que haja maior solidariedade com os pobres, a partir de ações concretas de fraternidade.
Este V Dia nos traz o questionamento direto e incisivo: sentes compaixão? Tal questão nos move a não ficar indiferentes frente ao sofrimento de uma multidão de pessoas em situação de vulnerabilidade. Há uma explosão de pobreza socioeconômica assolando pessoas e famílias em nosso país, a pedir respostas. O lema bíblico inspirador deste V Dia “sempre tereis pobres entre vós” (Mt 14,7) não é incentivo à inércia. Ao contrario, é forte apelo evangélico para ir em socorro dos empobrecidos lá onde estiverem. Para tanto, o primeiro passo é reconhecê-los. Quem os reconhece, reconhece Jesus. “Os pobres de qualquer condição e latitude nos evangelizam, porque permitem descobrir de modo sempre novo os traços genuínos do rosto do Pai” (da Mensagem do Papa Francisco para o V Dia, n.2).
Que o apelo do Papa Francisco, na conclusão de sua mensagem para este V Dia, encontre em nós terreno favorável: “Os pobres estão no meio de nós. Como seria evangélico se pudéssemos dizer com toda a verdade: também nós somos pobres, porque só assim conseguiríamos realmente reconhecê-los e fazê-los tornar-se parte de nossa vida e instrumento de salvação”.
Que este V Dia Mundial dos Pobres reacenda nosso desejo de vivenciar o Evangelho das bem-aventuranças do Reino, carta de identidade de quem se dispõe a SER cristão e não apenas DIZER-SE cristão.
Leia mais: https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2021-11/quinto-dia-mundial-dos-pobres.html
