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07/05/2021

Carta às mães

Por Pe. Antônio Lúcio, ssp

Quero me dirigir de modo muito carinhoso a todas as mães deste imenso Brasil: todas mulheres geradoras da vida. Não importa quem você seja, seu nome e sobrenome, sua cor, sua classe social, seu grau de escolaridade, a cor de seus olhos, sua profissão… Tudo isso é nada diante do mistério que carrega em si mesma de gerar outra vida dentro de si. Existe porventura dádiva maior do que essa? Penso sinceramente que não.

Obrigado a vocês, mães, que assumem com responsabilidade de cuidar de outro ser humano em todos os aspectos. Ao crescermos a amadurecermos é que lhes valorizamos ainda mais, sobretudo quando distantes fisicamente. Nem sempre nós, filhos, conseguimos manifestar com gestos concretos quanto amamos a cada uma de vocês. Acho que temos vergonha e acabamos fingindo que não nos importamos. Saibam que é tudo mentira. É desculpa de “gente grande”.

Sempre nos consideram como seus eternos filhos pequenos. Não importa quem somos hoje ou a nossa idade, o que conta para vocês é que somos seus filhos. E, cada vez que nos encontramos ou nos comunicamos por whatsapp, redes sociais ou telefone, vocês manifestam as mesmas preocupações. As perguntas não mudam: “Tem se cuidado bem?”; “Tem se alimentado e dormido direito?”; “Tem estudado com seriedade?” São preocupações de quem gerou uma nova vida e ama profundamente. Quem se preocupa com o ser amado.

Parabéns a todas, mas de modo muito especial às mães idosas e enfermas. Você, que está lendo esse texto agora, já parou e olhou dentro dos seus olhos de mãe? Com o passar dos anos eles parecem perder o brilho da vitalidade, da alegria, da disposição, as vezes é tão castigada pela vida que acaba perdendo o encantamento de viver. É nessa hora que  todos nós, filhos, devemos nos tornar próximos de nossas mães.

A vocês que são enfermas e estão num leito de hospital ou em casa, ou ainda vivem num asilo ou clínica geriátrica: recebam o meu abraço repleto de compaixão e carinho pelos anos vividos com tanta dedicação à família. Torço para que vidas geradas por vocês não abandonem neste momento em que mais precisam delas. Se vocês estão abandonadas e esquecidas pelos seus filhos, saibam que eles não merecem essa denominação.

Também a vocês que já são idosas e experientes da vida: meu abraço afetuoso e o meu beijo respeitoso repletos de gratidão por sua longa existência no meio de nós. Os anos vividos são sempre bênção de Deus. Com saudade quero rezar ainda pelas mães falecidas. Elevemos a Deus nossas preces por aquelas que, tendo cumprido sua missão na terra, retornam a ele. Que todas estejam na presença de Deus, desfrutando da sua luz.

Rogo a Maria, Mãe das mães, que envolva cada um de vocês com o seu manto sagrado e as proteja contra todo tipo de mal, de perigo, de perturbação e de enfermidade. Permaneçam em paz, e que o Deus da vida plena as abençoe abundantemente hoje e sempre.