Por Matheus Miguel, Aspirante Paulino
Todos caminhamos para a pátria definitiva.
Cada dia deve aproximar-nos de Deus,
com crescente alegria. […]
(Pe. Alberione, Carissimi in San Paolo 715)
Quantos de nós, e quantas numerosas vezes já nos deparamos com esta questão, e ela não se encerra por si mesma, sempre vem acompanhada de tantas outras, alimentadas por nossos sentimentos, nossas incertezas, nossos temores. A boa notícia é que tudo isso, por mais assustador que pareça, é um bom sinal! Sim, um sinal que evidencia que acreditamos em algo além de nossas capacidades cognitivas, nos indica que somos capazes de seguir pelo rumo indicado por nossa fé.
Questionar-se é mais do que simplesmente querer fazer barulho, é identificar que precisamos direcionar nossas atividades em prol de algo que nos faça bem. Questionar é reconhecer uma possível fragilidade que pode ser readequada para o melhor seguimento deste caminho, também se relaciona à etapa que passamos a fim de alcançar algum crescimento pessoal; é como que a cada questão de que obtemos uma resposta damos um passo, seja ele para frente, ou para trás.
Andar para frente é louvável, nos sentimos bem, faz com que borbulhe dentro de nós a euforia de se alcançar uma meta, uma realização anteriormente esperada. Mas também acontece que, às vezes, andamos para trás, e ainda bem que é assim! Dar um passo para trás não corresponde necessariamente ao fato de um empenho frustrado, de uma falha, mas sim a um processo pelo qual todos nós estamos sujeitos a passar. Dar um passo para trás pode representar uma oportunidade de olhar a situação como um todo, ou ao menos de forma mais ampla, nos proporciona maior habilidade de analisar, somos capazes de pensar com mais calma e traçar uma estratégia para que o próximo passo seja na direção de nossa meta.
Não foi por acaso que Pe. Alberione citou em sua fala a ALEGRIA, esta nos indica a necessidade da completude de nosso empenho na caminhada, isto é, estar disposto a e imergir de forma total no caminhar de cada dia (Mente, Vontade, Coração e Forças Físicas). A alegria é o brinde que nos é proporcionado quando fazemos com amor e dedicação aquilo que recebemos como missão a se realizar.
Quantas vezes tudo parecia estar turvo à frente, impedindo que se prosseguisse a caminhada, mas, como pe. Alberione nos ensinou desde a fundação: “O Senhor vai acendendo luzes, quando vamos precisando delas”. Que esse refrão nos acompanhe em nossa jornada, na certeza de que, sempre que precisarmos o Senhor acenderá as luzes necessárias para que nossos passos nos conduzam pelo caminho que somos chamados a trilhar.
