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22/11/2022

Um chamado a responder: Os Paulinos e o Ano Vocacional

Por Rafael Barbosa, Seminarista Paulino

 

A Igreja no Brasil, no decurso deste ano, convida todas as comunidades eclesiais missionárias a refletir a temática das vocações, como uma oportunidade de despertar, no coração de cada batizado, o compromisso de ser “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13). Toda vocação é dom de Deus e compromisso pessoal. Nas palavras do Bem-aventurado Tiago Alberione, Fundador da Família Paulina, ela é “um ato de amor de Deus, e por isso provoca um ato voluntário de amor para ser seguida, correspondida”.

Nunca é o bastante falar de vocação. Sendo uma resposta livre e decidida ao apelo de Deus, a vocação representa um exercício dinâmico, que implica adesão e correspondência cotidiana. Um vocacionado que se distancia da alegria e do ardor primeiro do chamado corre o risco de cair no desânimo e no laxismo, tornando impraticável o caminho de santificação que se apresenta no horizonte da fé. Consciente disso, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil propõe este Ano Vocacional 2022-2023 – cujo tema é “Vocação: graça e missão” –, iluminando-o com a Palavra de Deus que nos diz: “Corações ardentes, pés no caminho” (cf. Lc 24,32-33).

Para um barco que navega sem saber qual destino deve tomar, nenhum vento se mostra favorável. Um coração vocacionado, todavia, sabe e reconhece que só há um caminho que deve ser seguido: Jesus Cristo, nosso Divino Mestre, que se apresenta a nós como Caminho, Verdade e Vida. Esse trinômio, embora pareça demasiadamente simples, é deveras complexo. De fato, sua aplicação se dá em todos os âmbitos de nossa vida e, na busca pela realização integral de nossa humanidade, devemos necessariamente percorrer suas veredas.

Pelo batismo, somos vocacionados a perseguir, em todos os momentos e estágios de nossa existência, a santidade. O Papa Francisco, em sua Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate, lembrou-nos que “todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra”. Fato é que a santidade não acontece de uma hora para a outra. Ela é fruto de um exercício laborioso de renúncia, confiança, entrega, lutas, sofrimento, perseverança… O segredo, porém, está em “progredir um pouquinho a cada dia”, segundo a máxima do venerável Majorino Vigolungo, patrono dos aspirantes paulinos.

Deus chama cada um de forma particular e específica, despertando no coração do cristão batizado o dinamismo de um carisma. A Pia Sociedade de São Paulo, conhecida como Congregação dos Padres e Irmãos Paulinos, foi inspirada por Deus no coração de Padre Alberione. O Fundador desejava fazer com que Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, fosse amado e conhecido em todos os cantos do mundo. Para tanto, ele percebeu a necessidade de usar os meios de comunicação social para fazer com que a Palavra de Deus “se espalhasse rapidamente” (cf. 2Ts 3,1).

O grande carisma dos paulinos é viver e dar aos homens e mulheres de hoje Jesus Cristo, nosso Mestre e Senhor. Em um mundo marcado pela cultura da comunicação, tantas vezes usada para disseminar mentiras, ódio, preconceito, intolerância e violência, o imperativo que orienta a vida e inquieta o coração de cada um de nós, paulinos, foi deixado por Padre Alberione: “Fazei a todos a caridade da verdade”.

Se você, jovem, se sente inquieto e chamado a dar testemunho da verdade e do amor, nesse tempo histórico de tantas injustiças e incoerências, venha conhecer e fazer parte da Família Paulina, buscando realizar o compromisso de “ir pelo mundo e pregar o Evangelho a todos os povos” (Mc 16,15), sob o olhar de Maria, Rainha dos Apóstolos, e pelo exemplo de São Paulo, Apóstolo dos gentios.

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