Por Felipe Borges, Seminarista Paulino
O Papa Francisco, em sua mensagem para o 55º Dia Mundial das Comunicações Sociais (2021), caracteriza o Apóstolo Paulo como grande comunicador. De fato, Paulo – em sua atividade missionária constante – soube comunicar a mensagem do Evangelho, com a vida e a palavra, aos judeus e pagãos, demonstrando que a libertação trazida por Cristo não conhece fronteiras.
O Papa sublinha que a grande comunicação de Paulo foi esta: anunciar Jesus Cristo e Jesus Cristo crucificado e ressuscitado dentre os mortos. Mensagem essa que suscita, ao mesmo tempo, esperança e espanto às pessoas daquele tempo e também às de hoje – não somente pela realidade de morte que os cercava e nos cerca, como também por tal anúncio exigir fé e convicção por parte do Apóstolo dos gentios. Por isso, não basta ter os meios, é preciso ter conteúdo para comunicar com eficácia. Como diz o santo padre:
“Todos os instrumentos são importantes, e aquele grande comunicador que se chamava Paulo de Tarso ter-se-ia certamente servido do e-mail e das mensagens eletrônicas; mas foram a sua fé, esperança e caridade que impressionaram os contemporâneos que o ouviram pregar e tiveram a sorte de passar algum tempo com ele, de o ver durante uma assembleia ou numa conversa pessoal. Ao vê-lo agir nos lugares onde se encontrava, verificavam como era verdadeiro e frutuoso para a vida aquele anúncio da salvação de que ele era portador por graça de Deus. E mesmo onde não se podia encontrar pessoalmente este colaborador de Deus, o seu modo de viver em Cristo era testemunhado pelos discípulos que enviava (cf. 1 Cor 4, 17).”
As Diretrizes para Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019-2013, nos dizem que: “Para ser missionária a comunidade eclesial necessita também inserir ativa e coerentemente nos novos areópagos, dentre os quais se encontram as redes sociais. (…) São novos recursos, linguagens e meios para evangelizar. Entretanto é indispensável agir com discernimento” (n. 118). Por isso, a exemplo do grande comunicador, Paulo Apóstolo, somos chamados a viver e consequentemente anunciar Jesus Cristo, aproximando as pessoas para relações concretas e autênticas que gerem frutos de vida e liberdade – não de morte, preconceito e alienação, como tristemente se verifica no mundo real e virtual –, e juntos ajudar a formar uma ecologia da comunicação.
