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27/07/2021

Majorino Vigolungo: Patrono dos aspirantes Paulinos

Por Pe. Antonio Lúcio, ssp

Toda congregação religiosa tem como objetivo principal a santificação de seus membros no caso dos Paulinos não poderia ser diferente.

Majorino Vigolungo nasceu em Benevello, norte da Itália no dia 6 de maio de 1904. Seus pais modestos trabalhadores rurais, possuíam grande fé. Era o terceiro de sete irmãos. Inteligente e de temperamento vivaz, queria ser sempre o primeiro em tudo: Nos estudos, no trabalho e na bondade.  Ainda criança, com apenas 6 anos de idade, encontrou-se com o Bem-aventurado Pe. Tiago Alberione, fundador da Família Paulina. Aos 7 anos escolheu-o como confessor e diretor espiritual, entusiasmando-se por três realidades que se transformaram em seu ideal de vida: alcançar a santidade o mais rápido possível, ser padre e ser apóstolo da boa imprensa.

Solícito em responder ao chamado de Deus, ingressou na Pia Sociedade de São Paulo (Padres e Irmãos Paulinos) no dia 15 de outubro de 1916, com apenas 12 anos de idade. Feliz pela sua vocação paulina e disposto a anunciar o evangelho com a boa imprensa, manteve-se firme na sua opção, contrariando aqueles que tentavam impedir sua caminhada vocacional como colaborador. Certa vez escreveu à sua família, afirmando: “Rezai para que eu jamais atraiçoe a minha vocação porque é a mais bonita de todas”. E acrescentava: “A VOCAÇÃO É UMA COISA DE GRANDE IMPORTÂNCIA, QUE EU RESPONDA PLENAMENTE”.

Como amante da Eucaristia, impôs-se grandes sacrifícios para não renunciar ao recebimento da sagrada comunhão. Exemplo claro disso foi um fato ocorrido em dia de inverno. Para ir de sua aldeia à cidade de Alba, Majorino precisava cerca de 14 quilômetros, quase sempre a pé. Lá chegando, por volta das 9 horas, em completo jejum, cansado e com muito frio, alguém lhe ofereceu uma xícara de leite, ao que ele respondeu: “Muito obrigado, mas primeiro quero ir comungar.

Para evitar a mediocridade, comprometeu-se a realizar o seguinte programa de vida: “PROGREDIR UM POUQUINHO A CADA DIA”. Foi fiel a esse propósito até a morte, conseguindo progressos admiráveis na virtude e no apostolado da boa imprensa.

Na Epifania de 1917, fez um “pacto” com Deus: “EU ME EMPENHAREI COM TODAS AS FORÇAS NO ESTUDO E NO TRABALHO; TU ME CONCEDRÁS TER ÊXITO EM TUDO O QUE SE REFERE À MINHA VOCAÇÃO E MISSÃO DE PAULINO”.

Aos 14 anos de idade, em maio de 1918 foi admitido por uma enfermidade: pleurite. Interrompeu os estudos e regressou à sua família para tratamento médico. Depois de um mês, julgando-se curado, foi rever os companheiros de seminário. Teve uma recaída e, na metade de julho, foi atingido por uma meningite fulminante. Para o espanto de todos, quando o Pe. Tiago Alberione lhe perguntava se desejava sarar ou ir para o céu, ele respondia: “Quero cumprir a vontade de Deus”. Apesar de tão jovem, ofereceu sua vida pela nascente Família Paulina e pelo seu apostolado no mundo.

Era sábado, 18 horas do dia 27 de julho de 1918, quando Majorino veio a falecer na sua terra natal, Benevello, assistido pelo Bem-aventurado Pe. Tiago Alberione. No mesmo instante, os sues companheiros concluíam um tríduo de oração, reza do terço em sua intenção. As suas últimas palavras foram: “Cumprimente a todos os meus companheiros; diga-lhes que rezem por mim e que nos encontraremos todos no céu”. Ele é considerado patrono dos aspirantes paulinos.

No dia 28 de março de 1988, Papa João Paulo II assinou o decreto sobre a heroicidade de suas virtudes, declarando-o venerável.

“Possuia um profundo espírito de oração, sublime dedicação, delicadeza de consciência, desejo ardente de santidade, inteligência e entrega  no apostolado das edições , exemplo em todos os deveres.”

Bem-aventurado Tiago Alberione