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28/07/2015

A esperança vem da justiça

Por João Paulo da Silva, Postulante Paulino

Jesus nos convida a sermos bons frutos no campo da vida.

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No evangelho de hoje, Jesus explica aos seus discípulos a parábola do joio e do trigo. A mensagem é clara; porém, a nebulosidade parte do coração dos seus seguidores, que ainda não compreendem a alegoria e pedem uma explicação. Jesus é o enviado de Deus para dar toda a completude do Reino e é nele, Semeador da Esperança, que tudo se consuma. Ele é o mensageiro da vida que espalha a boa semente e produz frutos plenos, mas que muitas vezes é sabotado pelo mal.

Infelizmente, o mal age de uma maneira muito discreta, não faz estardalhaço, pelo contrário, chega com aparência de bem e destrói como uma praga o esforço que fora feito anteriormente. O joio no Evangelho é sinal de grande divisão; por isso, é dito pelo Mestre que foi semeado pelo diabo. Essa palavra vem do grego διάβολος (diábolos) e pode ser traduzida como divisor, caluniador. Sendo assim, joio é resultado da divisão contra o bem e se opõe a ele de maneira incisiva e desconfigura a verdade e engana, fazendo com que a produção entre em risco.

Nesse contexto, segue-se a explicação de Jesus, pois no último momento será possível reconhecer quais das duas ervas, verdadeiramente, são frutos da boa semente. A semente que foi posta pelo inimigo não consegue sufocar o bem da semente do Cristo Senhor e sempre apresentará a sua má qualidade. O mal não é compensado pela graça, pelo contrário, é punido pela justiça. O “choro e o ranger de dentes” são apenas frutos das atitudes que não condizem com os planos de Deus. Jesus não condena ninguém a sofrimento algum; ele apenas reconhece as nossas escolhas e nos dá o valor que é justo a cada uma de nossas ações.

Queremos ser bons? Então sejamos bons “rebentos de trigo” e cresçamos em nossa fé e em nossa vida, mostrando a nossa comunidade e aos nossos irmãos e irmãs que somos os bons frutos do campo. Não permitamos que o inimigo semeie onde nós estamos; sejamos atentos e nos empenhemos para que jamais caiamos nas ciladas malignas. Como fazer isso? Simples, coloquemos em prática as atitudes da justiça para que no campo da vida colhamos os frutos bons e “então brilharemos como o sol no Reino de Deus”. Brilhemos e deixemos que todos possam chegar a essa luz, onde esperançosamente estaremos com o prêmio eterno.