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04/08/2020

Memória de São João Maria Vianney, presbítero

Por Pe. Antonio Lúcio, ssp

Conhecido e amado como o cura D’ars, um povoado francês, ao norte de Lião onde exerceu o seu ministério sacerdotal, João Maria Vianney nasceu em Lião, França em 1786 e faleceu em Ars no dia 4 de agosto de 1859. É um daqueles homens aos quais se aplicam as palavras de São Paulo: “Deus escolheu os mais insignificantes para confundir os grandes”. Este camponês de mente rude, teve de se esconder por um certo período, por haver desertado do exército napoleônico em marcha para a Espanha sem entender a gravidade de seu comportamento, somente porque não conseguia acertar o passo com o seu batalhão.

  No seminário ainda lhe foi mais difícil acompanhar os seus colegas de estudos pela confusão mental que fazia diante de uma simples página de filosofia ou de teologia. Em 1815 deram-lhe as ordens sagradas, mas sem a autorização para confessar, pois julgavam-no incapaz de guiar as consciências. Quem poderia imaginar que João Vianney se tornaria um dos mais famosos confessores que a história da Igreja conhece?

Após um ano de aprendizado em Ecully, sob a direção do abade Balley, a quem atribui-se o mérito de haver percebido naquele bobo “iluminado” os ocultos carismas da santidade, João Maria Vianney foi para Ars como vigário capelão, e depois passou a ser vigário ou cura Ars. Os únicos centros de divertimentos eram quatro hospedarias com bastante movimentação, contra as quais o jovem cura começou a trovejar do seu púlpito. Tanta severidade poderia afastar aquela gente. Ao contrário, dez anos depois, Ars estava completamente transformada. Tavernas desertas e a igreja povoada. Pois a severidade do vigário jamais estava separada de uma incomensurável bondade e generosidade. Possuía somente a desbotada batina que tinha no corpo. Mas era capaz de privar-se de sapatos e meias na estrada se encontrasse um pobre infeliz, com quem trocava até as calças se as do mendigo estivessem piores que as suas. Antes mesmo que o Papa Pio XI o inscrevesse no álbum dos santos em 1925, Ars, já havia se transformada em meta de peregrinações.

        Deus de poder e misericórdia, que tornastes São João Maria Vianney um pároco admirável por sua solicitude pastoral, dai-nos, por sua intercessão e exemplo, conquistar no amor de Cristo os irmãos e irmãs para vós e alcançar com eles a glória eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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