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01/10/2020

Santa Teresinha: Exemplo de vida e santidade

Por Pe. Darci Marin, ssp

Santa Teresinha do Menino Jesus ou Teresa de Lisieux, nasceu em Alençon (França) em 1873. Ingressou ainda adolescente no mosteiro das Carmelitas de Lisieux, lá permanecendo até o final da vida. Suas marcas características foram a humildade, a simplicidade evangélica e a confiança em Deus. Faleceu a 30 de setembro de 1897. Em 17 de maio de 1925 foi canonizada pelo Papa Pio XI – proclamando-a, em 1927, a padroeira das missões. Em 1997, o papa João Paulo II proclamou-a doutora da Igreja. Sua memória é celebrada todos os anos no dia 1 de outubro.

Santa Teresinha nasceu numa família com profundas raízes cristãs. Seus pais Luís e Zélia casaram-se em 1858, e tiveram nove filhos, dos quais quatro morreram na infância e cinco seguiram a vida religiosa. Luís e Zélia, mesmo em meio a muitas dificuldades, procuraram dar exemplo de solidariedade ao próximo às cinco filhas, convidando frequentemente os necessitados a partilharem com eles a refeição – ensinando suas filhas a tratar os mais pobres como extensão da própria casa. Zélia faleceu de câncer em 1877, aos 46 anos, deixando a filha caçula Teresinha com pouco mais de 4 anos, juntamente com quatro irmãs, para serem criadas pelo pai – que faleceu em 1894. Em 27 de junho de 2015 – ano em que aconteceu o sínodo da família – o papa Francisco canonizou Luís e Zélia. Três santos em uma única família!

Como se vê, pelos breves dados biográficos acima, santa Teresinha nasceu em sólido ambiente de vida cristã. E, por isso mesmo, enfrentou com fé e coragem o sofrimento desde muito cedo. Dificuldades de toda ordem acompanharam-na ao logo do inteiro percurso de sua vida. Traduziu exemplarmente, no percurso de seus 24 anos de vida, o apelo de Cristo: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz, e me siga” (Mt 16,24).

O ambiente familiar, fortemente marcado pela fé traduzida em consistente prática de solidariedade ao próximo mais necessitado, formou seu caráter na essência da mensagem de Jesus: “ninguém tem maior amor do que aquele quem dá a vida” (Jo 15,13). No ambiente da família aprendeu a valorizar a generosidade, a simplicidade e a doação sem reservas ao próximo. As bem-aventuranças do evangelho de Jesus (cf. Mt 5,1-12; Lc 6,20-26) foram ocupando espaço na vida de Teresinha, tornando-a santa. Afinal, as bem-aventuranças são a carteira de identidade do cristão. Quem ingressa no caminho das bem-aventuranças começa por valorizar as pequenas coisas com generosidade, dispondo-se a servir a partir de quem mais necessita, assim como fez exemplarmente santa Teresinha.

De fato, as características da santidade acentuadas pelo papa Francisco na exortação apostólica Gaudete et Exsultate – sobre o chamado à santidade no mundo atual (nn. 110-157), podem ser facilmente encontradas na História de uma Alma – escrito autobiográfico de santa Teresinha: tolerância, paciência, mansidão, alegria, sentido de humor, ousadia, ardor; tudo isso vivido em comunidade, e em oração constante.

Santa Teresinha nos ensina em que consiste a verdadeira santidade: buscar permanentemente o acesso à graça e não em consumir as energias na ânsia de controlar, fechando-nos no subjetivismo e na autorreferencialidade (cf. GE 35s); cultivar a humildade, com confiança da providência divina, sabendo da fragilidade das forças humanas (cf. GE 49).

À medida que a pessoa de fé se aproxima de santa Teresinha é alcançada pela confiança que desperta esperança. Há milhões de pessoas em todo o mundo que a ela recorrem, notadamente este ano tão fortemente marcado pela pandemia que vem ceifando dezenas de milhares de vidas. Buscar sua mediação, a ela recorrendo em busca de atendimento às “necessidades mais urgentes” de uma vida mais humana e digna para todos. Que este dia 1 de outubro – no qual toda a Igreja faz memória de santa Teresinha – seja marcado pela nossa ação de graças pelo exemplo de vida e santidade que nos é dado por esta grande santa.

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!

JOVEM, VENHA SER PADRE OU IRMÃO PAULINO!

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