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17/03/2022

São José, patrono da Igreja

Por Felipe Borges, Seminarista Paulino

São José, celebrado todos os anos no dia 19 de março pelo povo de Deus, é aquele homem humilde e silencioso que nos ensina a percorrer os caminhos da fé e confiança nos planos de Deus; a amar Jesus e Maria e honra-los com a nossa própria vida; a valorizarmos o trabalho que dignifica o ser humano e a vivermos bem para morrermos bem, e descansarmos bem nos átrios eternos. No ano passado celebramos um ano a ele dedicado, proclamado pelo Papa Francisco por ocasião dos 150 anos da sua declaração como patrono, padroeiro da Igreja universal, da Igreja Católica. Por que ele é o patrono da Igreja?

Assim nos esclarece o Papa Leão XIII: “As razões pelas quais o Bem-aventurado José deve ser considerado especial Patrono da Igreja, e a Igreja, por sua vez, deve esperar muitíssimo da sua proteção e do seu patrocínio, provêm principalmente do facto de ele ser esposo de Maria e pai putativo de Jesus (…). José foi a seu tempo legítimo e natural guardião, chefe e defensor da divina Família (…). É algo conveniente e sumamente digno para o Bem-aventurado José, portanto, que, de modo análogo àquele com que outrora costumava socorrer santamente, em todo e qualquer acontecimento, a Família de Nazaré, também agora cubra e defenda com o seu celeste patrocínio a Igreja de Cristo”. (Quamquam Pluries)

Esse cuidado se percebe quando Maria estava grávida e quando foi o momento do seu bendito parto; na fuga da Sagrada Família para o Egito, fugindo das mãos do cruel Herodes; na provisão do sustento com seu trabalho como artesão e em tantos momentos que vemos a solicitude desse homem justo.

Por isso, “O Concílio Vaticano II procurou sensibilizar-nos novamente a todos para ‘as grandes coisas de Deus’ e para aquela ‘economia da salvação’ de que São José foi particularmente ministro. Recomendando-nos, pois, à proteção daquele a quem o próprio Deus ‘confiou a guarda dos seus tesouros mais preciosos e maiores’, aprendamos com ele, ao mesmo tempo, a servir a ‘economia da salvação’. Que São José se torne para todos um mestre singular no serviço da missão salvífica de Cristo, que, na Igreja, compete a cada um e a todos: aos esposos e aos pais, àqueles que vivem do trabalho das próprias mãos e de todo e qualquer outro trabalho, às pessoas chamadas para a vida contemplativa e às que são chamadas ao apostolado.” (São João Paulo II, Redemptoris Custos, 32)

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Rezemos com o Papa Francisco:

“Salve, guardião do Redentor
e esposo da Virgem Maria!
A vós, Deus confiou o seu Filho;
em vós, Maria depositou a sua confiança;
convosco, Cristo tornou-Se homem.

Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós
e guiai-nos no caminho da vida.
Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem,
e defendei-nos de todo o mal. Amém.”