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10/01/2022

Família Paulina: seguindo os passos de São Paulo!

Por Pe. Antônio Lúcio, ssp

“Queremos ser fiéis a Jesus, como o foi o apóstolo Paulo”

O padre Tiago Alberione “rezou muito antes de colocar as nossas Congregações – e toda a Família Paulina fundada por ele: Paulinos, Paulinas, Discípulas do Divino Mestre, Pastorinhas, Apostolinas, Anunciatinas, Gabrielinos, Jesus Sacerdote, Santa Família e Cooperadores Paulinos – sob a proteção de São Paulo. Ele queria um santo que se destacasse em santidade e ao mesmo tempo fosse exemplo de apostolado”. São Paulo afirma na sua Carta aos Gálatas (cf. Gl 1,11-20) que o Evangelho que ele anuncia não é resultado de conhecimento humano. Ele não o recebeu, nem o aprendeu de nenhum homem: é revelação de Jesus Cristo. Isso vem confirmado nos Atos dos Apóstolos: “Este homem, afirma Jesus, é para mim instrumento de eleição para levar meu nome diante das nações pagãs, dos reis e dos filhos de Israel” (At 9,15). São Paulo está convencido de que foi Jesus quem o chamou pela sua graça para anunciar a mensagem do Evangelho a todos os povos: “Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho! Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim, mas uma necessidade que se me impõe” (1Cor 9,16).

São Paulo acreditou plenamente no chamado de Jesus naquele meio-dia na estrada de Damasco: de perseguidor dos cristãos transformase em Apóstolo de Jesus Cristo. Ele não fez cálculos matemáticos sobre o chamado. Não pôs limites à ação de Deus nele. Não buscou certezas absolutas, porque elas não existem. Não buscou respostas que garantissem seu futuro, porque elas também não existem. Ele acreditou na ação de Deus nele e sabia que doravante seria “apóstolo por vocação” (Rm 1,1) e “escolhido para anunciar o Evangelho de Deus” (1Cor 1,1) “pela vontade de Deus” (2Cor 1,1). Sua fidelidade ao Evangelho foi plena e não conheceu limites de sorte alguma (cf. 2Tm 2,8-10).  Ao longo de seu ministério apostólico, Paulo enfrentou inúmeras dificuldades. Escrevendo aos coríntios, ele afirma o que suportou por causa do Evangelho de Jesus Cristo: “fadigas, prisões, açoites, perigo de morte, flagelos, apedrejamento, naufrágio, alto-mar, viagens, perigos (rios, ladrões, irmãos de raça, pagãos, cidade, deserto, mar, falsos irmãos), cansaço, sono, fome, sede, jejuns, frio” (2Cor 11,23-28).

Como membros da Família Paulina, a “Família de São Paulo”, queremos ser fiéis a Jesus, como o foi o Apóstolo Paulo. Para isso, precisamos, como ele, estar apaixonados por Cristo Jesus (cf. Rm 8,35-38); ter a consciência de que já não nos pertencemos mais e de que já não é possível pensar nem agir sem partir de Cristo: “Pois nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17,28); convencer-nos profundamente de que é sempre Cristo quem nos ama primeiro. São Paulo se converteu porque se sentiu amado (cf. Rm 5,6-11).