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25/05/2021

A Importância de Maria na Caminhada Vocacional

Por Matheus Miguel, Seminarista Paulino

“Durante toda a sua vida e até sua última provação, quando Jesus, seu filho, morreu na cruz, sua fé não vacilou. Maria não deixou de crer “no cumprimento” da Palavra de Deus. Por isso a Igreja venera, em Maria, a realização mais pura da fé.” (Catecismo da Igreja Católica,149)

Esta citação nos convida a olhar para Maria e contemplar a grandiosidade das obras de Deus na vida daqueles que Ele chama a servir em sua messe. A tradição nos apresenta uma jovem que, repentinamente, se surpreende com a presença de um anjo em seu quarto e após um breve diálogo decide por aceitar a vontade de Deus em sua vida e diz o tão esperado SIM, possibilitando, desta maneira, que os planos de Deus se concretizassem em meio ao seu povo naquele momento.

Diante deste importante relato narrado por são Lucas fica evidente que a Virgem Maria foi a primeira vocacionada que se faz memória no novo testamento, logo, em meio às tantas reticências que colocamos em nosso roteiro, Maria pode ser tomada como exemplo para que nos animemos em servir a Deus e respondamos com amor e confiança ao chamado que é feito a cada um.

Enquanto mãe a Virgem Maria também se faz presente em nossa caminhada: é comum das mães sempre acolherem os filhos em meio a intermináveis aflições que surgem no caminho; e ela assim o faz através de seu testemunho de amor e obediência, que podem ser notados de forma evidente, sobretudo, no período que acompanhou Jesus em seu ministério. Não é por acaso que tanto no milagre das bodas de Caná como em Pentecostes é relatado que a mãe de Jesus (e também nossa) estava presente, reforçando assim o parecer de que Maria acompanhou assiduamente os passos de Jesus, sempre perceptiva e solicita às necessidades do meio que se encontrava.

Sua juventude não a impediu de dizer sim, seus questionamentos não fizeram com que deixasse de caminhar rumo as respostas; os pareceres da sociedade não a influenciaram em seguir sua vocação.

Enquanto “realização mais pura da fé”, voltemos nosso olhar a essa mãe (que o próprio Cristo nos deu) sempre com respeito pela sua coragem e empenho no Crer nos planos de Deus, Maria não voltou atrás em seu sim; pelo contrário, o viveu intensamente, respondendo com fé em cada situação adversa.

Padre Alberione também intuiu a necessidade de termos uma mãe em nossa espiritualidade, nos recomendando dessa forma a nutrir especial apreço por Maria, Rainha dos Apóstolos que oferece ao mundo, de braços estendidos, Jesus, o Verbo Divino que se fez carne e habitou em nosso meio. Que possamos então, com a graça de Deus, seguir a cada dia nossa caminhada nos horizontes que somos chamados sob o olhar e proteção da bem-aventurada Virgem Maria.