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07/08/2020

Cristo conta comigo: Eu darei a minha vida por ti

Por Serviço de Animação Vocacional

A palavra de ordem é: REALIZAR-SE.

Não se discute. É preciso vencer na vida. É símbolo de vitória está lá: um carrão potente, com o qual ninguém pode competir.

Mas vocês acreditam que o homem pode se realizar também entregando a vida pelo Cristo e pelos irmãos?

Eu sei que muitos entre os jovens católicos já sonharam com isso. Mas depois recuaram, vítimas do comodismo e do conformismo.

A vocação religiosa e sacerdotal é fruto de um grande amor e de uma grande paixão. Pergunto se os jovens de hoje, católicos e não, são ainda capazes de grandes amores e de grandes paixões. Pergunto se as palavras de Pedro – “darei a minha vida por ti” – têm sentido em nossa sociedade de consumo. Pergunto se a história de Romeu e Julieta se encaixaria na era digital…

A humanidade tem cara indiferente, fria, mole, decadente… Onde encontrará a força para as soluções radicais e para os compromissos definitivos?

A consagração a Deus representa uma das grandes ocasiões que o homem de hoje tem para se realizar e para vencer. Poucos, porém, encontram a coragem de aproveitá-la.

O fato é que para “se oferecer” a Deus seria necessário pagar com a vida e pela vida. E ninguém quer pagar com a vida e pela vida. E ninguém quer pagar um preço tão alto. O preço do amor total.

Ora, se um homem não for capaz de entregar sua vida por amor, por qual motivo a entregaria?

A minha impressão é que se tem medo de amar. E se alguém tem medo de amar, também tem medo de viver. A vida sem amor não é vida, é apenas função vegetal.

Amar significa esquecer-se de si e perder-se atrás do outro. A comparação do Bom Pastor e da ovelha, talvez é isso que significa: Cristo esperando que alguém assuma o papel de pastor e se disponha a dar a vida…

Francamente, fico comovido diante de tantos jovens que se reúnem para rezar, para contestar e para fazer algo pelos outros, com a finalidade muito vaga de “construir um mundo melhor”.

E tudo isso é bom, não digo que não. Mas, para que possa nascer um mundo novo, talvez seja necessário pagar um preço mais alto.  Sim, é preciso que um dia ou outro se levante e diga: “Cristo conta comigo. Eu darei a minha vida por ti!”.

                É inútil choramingar sobre um mundo que não anda direito, sobre os homens que promovem guerras e injustiça, sobre a sociedade que não aceita o amor e não reconhece o Cristo.

“Como é que os homens invocarão aquele em quem não acreditam? E como haveriam de crer se nunca ouviram falar? E como haveriam de ouvir falar se não houver quem lhes prega?” (Rm 10,14).

Cortem esta, amigos.

Vocês ficaram perturbados com essas palavras de Paulo? Não faz mal. Afinal, está na hora de vocês se perturbarem com alguma coisa que vale apena…

Saibam que apesar de tudo, eu ainda acredito em vocês. Acredito sim, e por isso estou tranquilo quanto ao futuro da Igreja e do mundo.

Pe. Virgílio, ssp

Jovem, venha ser padre ou irmão Paulino!

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