Por Pe. Mário Pizetta, ssp
Convido você a ler comigo 1Sm 3,1-9, para que possamos refletir sobre a relação íntima entre Deus e o vocacionado.
No texto vemos que Deus chama três vezes Samuel. Samuel, pensando ser Eli quem o chamava, corre até ele e diz: “Aqui estou, o Senhor me chamou?” Na terceira vez que Samuel vai até Eli, este compreende que era Deus que chamava Samuel. Sabendo disso, quando Deus o chama pela quarta vez, Samuel responde: “Fala, Senhor, que o teu servo escuta”. E Deus falou com Samuel. No versículo 19, lemos: “Samuel crescia e Deus estava com ele. Nenhuma das palavras que Javé lhe disse deixou de se cumprir”.
Esse episódio acontece ainda hoje na vida dos jovens. Muitos se sentem chamados, com convites que vem de vários lugares. Ocorrem momentos de incerteza. Poucas vezes aparece um Eli para ajudar. Os chamados continuam, mas há dificuldades de iniciar um diálogo.
Há quem responda prontamente: “Estou aqui”. Mas o problema é por onde começar, como responder, o que dispor-se a fazer.
A iniciativa do chamado parte sempre de Deus. Por isso, há sempre o mistério do chamado, que vai desvendando conforme se compreende que é Deus quem chama. Samuel cresce quando vive o que Deus lhe propõe. Deus cuida daqueles que ele chama e nenhuma palavra cai por terra.
