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03/08/2015

Fazer as escolhas certas

Por Padre Roni Hernandes

O aprendizado cristão é produto de uma escolha de vida, da habilidade de discernimento que a pessoa procurou fazer.

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Não é tão simples fazer boas escolhas na vida, sobretudo quando não temos alguém por perto para nos orientar. Por conta disso, existem ocasiões em que escolhemos e, em outros casos, somos escolhidos por outras pessoas. Não podemos esquecer que a feliz realização da vida depende muito disso. A pessoa que escolhe mal pode não ser bem sucedida nos seus propósitos e tão pouco em sua vida existencial. Por outro lado, é bem sucedida aquela pessoa que consegue acertar nas escolhas que faz, claro, se as faz com autenticidade e livre consciência.

Estamos diante de um cenário repleto de inúmeras e variadas oportunidades que nos são apresentadas pelos indicativos da cultura moderna. Com certeza, são realidades que comprometem diretamente o estado de vida das pessoas, que podem impedir, ou abrir caminhos para circunstâncias novas de realização, seja em nível profissional, como também no de vivência comunitária, ou de vocação para algum trabalho feito em benefício do próximo.

Na dimensão das realidades do alto, Deus não faz distinção entre as pessoas. Pelo contrário, valoriza o ser humano dentro dos parâmetros traçados na sua vida pessoal, dos compromissos que são assumidos, mas, com responsabilidade. Nisso devem estar presentes as exigências de coerência em assumir aquilo que foi escolhido.

Escolher alguma coisa para concretização na vida constitui, primeiramente, a capacidade de confiar no futuro, de elevar a esperança, e de assumir um caminho seguro que, espontaneamente, estabelece de todos nós uma atitude comprometedora. Em geral, todo ser humano alcança concretizar os projetos sustentáveis de vida, que permitem segurança, confiabilidade e, acima de tudo, dignidade e fraternidade.

O aprendizado cristão é produto de uma escolha de vida, da habilidade de discernimento que a pessoa procurou fazer. É uma escolha que deve ser completamente livre, fundamentada no Deus de Jesus Cristo e no seu Evangelho. Assim sendo, as nossas escolas comportam um caminho de fé, entendida como dom de Deus. Por natureza tendemos para as coisas divinas.

Se seguirmos por outro caminho, vamos correr o risco da incoerência, de um aprendizado distante do discurso, que não passa pelo prisma do amor, da alegria e da doação. É fundamental amar como Jesus amou as pessoas. E Ele diz: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13). Nesse sentido, a verdadeira opção de vida é aquela que permite fazer o bem às pessoas de maior necessidade dentro e fora da comunidade.