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11/09/2020

Parada vocacional…

Por Pe. Mário Pizetta, ssp

Viver: questão de dizer “sim”

Muitas vezes o jovem se pergunta: “O que é viver”, “O que a vida representa?”.

Não é fácil responder a tais questão, sobretudo quando encontramos na Bíblia frases como esta do apóstolo Paulo:

“Por causa de Cristo, porém, tudo o que eu considerava como lucro, agora considero como perda. E mais ainda: considero tudo uma perda, diante do bem superior que é o conhecimento do meu Senhor Jesus Cristo. Por causa dele perdi tudo, e considero tudo como lixo, a fim de ganhar e estar com ele” (Fl 3,7-9).

Paulo diz ainda:

“O que desejo e espero não é fracassar, mas, agora como sempre, manifestar com toda a coragem a glória de Cristo em meu corpo, tanto na vida como na morte. Pois para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fl 1, 20-21).

Quando lemos as cartas de São Paulo, uma certeza nos invade: Cristo é a verdadeira solução dos que creem na vida. Ele também o é para Paulo, porque este relativiza tudo o que é e possui, já que o único absoluto é Deus.

Quando Paulo diz: “…esqueço-me do que fica para trás e avanço para o que está na frente, lanço-me em direção à meta, em vista do prêmio do alto, que Deus nos chama a receber em Jesus Cristo” (Fl 3,13-14), ele nos chama uma atenção para uma necessidade: deixar para trás tantas coisas para buscar o Cristo. Viver é olhar para o futuro, e o futuro é Cristo.

Há muitos jovens que gostam de Jesus Cristo, a ponto de “apaixonar-se” por ele. Se lhe perguntássemos o que fariam por Cristo, alguns até teriam a coragem de dizer que dariam por ele a vida, que estariam dispostos a tudo. Contudo, na prática não é bem isso que acontece.  O que muitos jovens sentem é “medo” de Jesus, porque, comprometendo-se com tantas realidades deste mundo, Cristo se torna em suas vidas o relativo. O modismo, a “onda”, a vida em si, por sua vez, é o absoluto.

Buscar o Cristo é questão de vida, de coragem. É desafio a que poucos se arriscam. Muitos jovens afirmam que Cristo é para “alguns caretas da Igreja”, e  não se sentem nem um pouco interessados por ele.

Eu me sentiria muito feliz, se você jovem, um dia aceitasse fazer uma experiência: viver um dia em Cristo, ou esforçar-se por buscar a Cristo. Estar com Cristo não é estar dentro da Igreja todos os dias. É muito mais que isso. É fazer o que recomenda o apóstolo Paulo:

“Irmãos, ocupem-se com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso, ou que de algum modo mereça louvor. Pratiquem tudo o que vocês aprenderam e receberam como herança, o que ouviram e observaram em mim. Então o Deus da paz estará com vocês” (Fl 4,8-9).

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