Por Pe. Mário Pizetta, ssp
O papa João Paulo II, na sua mensagem para 27ª Jornada Mundial de Orações pelas vocações, de 1990, salientou os meios para o pleno desenvolvimento da vida interior:
* A escuta da Palavra de Deus;
* A participação ativa nos sacramentos, sobretudo na Eucaristia;
* O sacramento da confissão;
* A oração pessoal;
* A direção espiritual;
* A devoção a Maria;
* O empenho ascético.
Desses meios, vamos focar sobretudo em dois: a Eucaristia e a oração pessoal.
É com alegria que vejo jovens recolherem-se em oração, criando espaço para Deus falar aos seus corações. Quando os jovens sentem essa necessidade é sinal de que dentro deles existe desejo de mudança e também de encontro consigo mesmos. Muitos passam a rejeitar as ofertas alienantes que a sociedade faz constantemente. O jovem também rejeita o que não leva à profundidade.
Há jovens que pensam que o silêncio seja somente ausência de barulho. No entanto, o silêncio é atitude de quem se recolhe, de quem tem a capacidade de, vez ou outra, retirar-se e buscar compreender as próprias ações.
Em sua caminhada terrena, Jesus rezava. Ele sentia necessidade de rezar, de falar com o Pai (Cf. Jo 17). E convidava os discípulos: “Rezem para não caírem em tentação” (Lc 22,40). A tentação pode se apresentar de muitas formas. A maior, porém, é a tentação de abandonar o projeto que Deus tem para nós. Dizer não ao projeto de Deus a nosso respeito é dizer não a própria vida.
Por seu lado, a Eucaristia é o lugar privilegiado da experiência de Deus; é a grande lição de partilha, da comunhão, do sentir que todos somos irmãos. Na Eucaristia, recordamos a memória de Jesus e tornamos sua presença viva no meio de nós (Cf. Mt 26,26-28).
A oração pessoal, experiência de intimidade com Deus, deve encontrar seu centro na Eucaristia, onde há partilha de experiência, de vida, num só louvor a Deus.
Somente o caminho da busca faz realizar a verdadeira oração pessoal e verdadeira eucaristia.
Para refletir:
Jovem, para você o que é rezar?
Como você reza?
*Foto: Vatican News