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18/04/2016

Vocacionados como São Paulo

Por Centro Vocacional

Sao-Paulo-Apostolo-dos-Gentios

Há mais ou menos cem mil anos, quando o primeiro Homo sapiens conseguiu, através de rochas, argila ou até mesmo madeira, escrever alguns poucos signos que puderam ser interpretados por um receptor como uma mensagem, estava criada a maior invenção da humanidade até os dias atuais: a escrita. Hoje em dia, você pode até se surpreender ou se admirar com as diversas invenções tecnológicas que surgem quase que periodicamente: a verdade é que o advento tecnológico veio com uma carga tão espessa de possibilidades, que acabamos nos esquecendo da importância real das mais primordiais invenções.

Está claro para todos que as tecnologias tornam-se ultrapassadas num período demasiado pequeno de tempo. Infere-se também que o outrora “top de linha” da tecnologia se torna obsoleto toda vez que grande parte da população passa a ter acesso a ele. Podemos concluir que esse fenômeno exclusivista influencia, cada vez mais diretamente, a criação de novos inventos ou o monopólio dos principais, por uma pequena parcela da população. Com a escrita não foi diferente: durante muitos milênios, apenas uma pequena parcela das pessoas apresentavam domínio sobre seus signos, bem como a decodificação e retransmissão deles.

Agora nós convidamos você, amigo leitor, a embarcar junto conosco em uma reflexão muito simples e participativa. Desejo que todas as nossas conclusões sejam tomadas em conjunto e que, ao final deste texto, você tenha uma visão própria sobre o assunto. Reconhecendo a escrita como uma grande invenção, convidamos você a se desligar de todos os aspectos tecnológicos que estão inerentes a sua cultura, para dessa forma poder reconhecer a escrita como um aspecto de fato revolucionário.

Imaginemo-nos em um contexto de aproximadamente dois milênios atrás, na época do nascimento do cristianismo. Não tínhamos nenhuma tecnologia eletrônica, que hoje consideramos cruciais e sem as quais não sabemos viver, mas nem por isso podemos considerar que não existiam grandes tecnologias. Nesse contexto, somos apenas pobres camponeses da cidade de Corinto, vivemos do suor de nossos rostos em trabalhos braçais e até mesmo maçantes. Em nossa cidade existem muitos problemas; talvez o principal seja a corrupção moral, que nos faz preceder em má fama as demais cidades. Às vezes, como homens livres, sentimos a necessidade de fazer algo para mudar nossa situação de vida, mas é como se estivéssemos predestinados a viver sempre de modo medíocre e ruim. Ouvimos falar há algum tempo de um homem da Galileia chamado Jesus, que era um santo homem, mas o mataram e agora sinceramente não sabemos mais o que podemos fazer, mas e você? O que acha que pode ser feito para modificar nossa situação? Talvez buscar a mudança, não é? Mas como buscar a mudança sozinho? Parece que ninguém quer mudar nessa bendita cidade!

Às vezes é como se estivéssemos buscando algo inútil, algo vazio, algo sem lógica, algo sem destino… Em meio a tudo isso, nós recebemos um singelo convite, de uma comunidade nascente que cultiva hábitos outrora esquecidos em nossa humilde Corinto. Eles têm posse de uma incrível Boa-Nova, uma carta dirigida diretamente a nossa comunidade, falando-nos profundamente ao coração. Parece-nos que aquela carta foi como uma pequena centelha que acendeu grandes vulcões adormecidos dentro de nós, e agora nos sentimos revigorados, fortalecidos, instigados… Vocacionados. E como não propagar essa mensagem e como não levá-la adiante? Talvez dentro de inúmeras casas de nossa boa e velha Corinto existam homens que, assim como nós, só necessitam de uma pequena centelha… A centelha paulina.

Então, atento leitor, percebe o sentido do convite que lhe fizemos? Queremos que perceba dois fatores fundamentais de início. Primeiro, a escrita, a carta como um grande meio tecnológico de propagação da mensagem cristã; segundo, a importância desses veículos para o crescimento do cristão. Como sabemos, São Paulo foi um homem que brilhantemente fez uso dos meios mais tecnológicos existentes em seu tempo para propagar a mensagem cristã para as comunidades. Tendo isso em mente, temos um segundo convite para lhe fazer. Após sentir-se como um membro da comunidade de Corinto, com todo o efeito da mensagem paulina ecoando em seu interior, imagine São Paulo nos dias atuais.

Amigo, é só pensarmos um pouco. Se ele sempre esteve antenado com as tecnologias de seu tempo, sempre utilizando-as para santos meios (como as cartas paulinas para as comunidades cristãs), podemos concluir certamente que atualmente ele seria um assíduo usuário das redes sociais (Facebook, Twitter, YouTube etc) e até mesmo redes sociais de comunicação direta (Whatsapp, Viber, Oovoo etc). Imagine, meu irmão, a felicidade de São Paulo em poder transmitir a mensagem cristã a milhares e até milhões de pessoas, de modo interativo e diferente, por canais diferentes, utilizando métodos e técnicas das mais diversas, mas acima de tudo tendo em seu conteúdo o principal: a mensagem de Cristo. Pena que ele não pôde vivenciar nossos tempos, mas cada um tem seu tempo e sua missão… E eis a nossa: a evangelização na cultura da comunicação social.

Desejo que, assim como nós, você também se sinta impelido a alçar novos voos, a se aventurar por novos meios e, acima de tudo, com novos fins. Lembra-se do início deste texto, quando o convidamos a fazer uma reflexão pessoal e chegar a conclusões próprias? Então, agora é sua vez; o convite está feito e a resposta deve ser sua. Aceita o convite? Deseja ser um verdadeiro apóstolo na cultura da comunicação social?