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03/06/2015

Estudantes pernambucanas vão representar o Brasil em competição mundial de tecnologia

Por Centro Vocacional; com G1

Cinco estudantes de uma escola técnica desenvolveram um aplicativo que estimula as crianças a economizarem água.

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Neste momento em que a crise hídrica vem assolando o país, não só no Nordeste, mas também em outras regiões, cinco estudantes pernambucanas da Escola Técnica Estadual Cícero Dias, em Recife, desenvolveram um jogo que incentiva crianças a economizarem água por meio da tecnologia. As jovens superaram outros 3 mil estudantes do ensino médio, de 28 países, e conquistaram o direito de representar o Brasil numa competição internacional de tecnologia em São Francisco, na Califórnia, no próximo dia 22 de junho. O evento será o Technovation 2015, e competirão com outros cincos times, dos Estados Unidos, Nigéria e Índia.

Inicialmente, o desafio era usar a tecnologia para ajudar a resolver um problema social, presente na comunidade. Por isso, desenvolveram um jogo para celular, tablet e computador, que pode ser baixado, de graça, pela internet. “Na nossa comunidade falta água sempre; por dia, falta água duas vezes. Nós decidimos falar sobre a água porque é uma questão mundial também”, declarou Jaqueline Rodrigues. “Só em ter conseguido chegar aonde a gente chegou, a gente já se sente um campeão. É maravilhoso”, reiterou a estudante Maria Gabrielle Lopes.

A competição é exclusivamente feminina. A intenção é fazer com que as jovens ganhem terreno e possam seguir carreira numa área onde os homens são maioria: a tecnologia. Para servir de incentivo, o evento dará 10 mil dólares, cerca de R$ 30 mil, para a equipe vencedora. “É importante ter esta igualdade entre o homem e a mulher. Não tem coisa de homem e coisa de mulher. Pode ser de qualquer um”, disse Jacqueline Alves.

O novo jogo foi nomeado como “Última Gota”. Trata-se de uma menina de longos cabelos vermelhos; ela tem a missão de fechar as torneiras e apagar as luzes que encontra pelo caminho. Ganha mais pontos quem gastar menos tempo. O jogo foi feito para crianças entre 5 e 12 anos e vai ser apresentado a investidores na Califórnia. “Por ser um game que é um aplicativo, mas com teor de complexidade maior, já que ele tem que ter um conteúdo de arte que seja atrativo para o usuário e tem que ter o componente de diversão, a gente acha que isso faz dele um forte candidato”, disse Tiago Machado, coordenador do curso de programação de computadores da escola.