Por Pe. Mário Pizetta, ssp
Nos últimos meses a humanidade tem vivido uma experiência de ameaça: um inimigo invisível e mortífero: o Coronavírus. Surgiu na China e dali se espalhou pelo mundo, abalando os sistemas de saúde, colocando grande parte da população em quarentena, levando pânico a todos. Os italianos foram os primeiros, vieram os americanos, espanhóis e o Brasil também não escapou. Alguns mais prudentes, outros menos cada um está enfrentando em mortal inimigo. Muitos ainda choram a morte de milhares de pessoas.
Na medida que este vírus foi se espalhando muitas autoridades foram tomados de muito medo, de pavor e insegurança. Também na medida que eram trazidas informações, crescia o pânico. Nas redes sociais os comunicados se multiplicaram-se, era uma verdadeira tempestade, todo mundo tinha virado especialista. Cada pessoa trazia uma solução, cada um trazia a última palavra. Palavras de especialistas em infectologia e amadores confundiam-se. Um certo momento pensou-se: é um vírus político, um vírus econômico? Alguns diziam: “é uma gripezinha”. O fato é que matou e ainda continua a matar muita gente. Diante desse quadro assustador, que lições podemos tirar para história:
1) O homem é de barro, frágil, por mais que ele avance nas ciências, ele nunca será outro Deus. Diante deste terrível mal, muitos diziam: “castigo de Deus”, “um vírus provocado”, “um vírus econômico”. Não importa como o definamos, não podemos culpar Deus, e o mundo não será mais o mesmo.
2) Ricos e pobres tornaram iguais: O vírus não escolheu uma classe, não se importou se a pessoa era portadora da riqueza ou pobreza, seu ouro e conforto não adiantavam. A única diferença: os ricos podiam ser tratados em hospitais de nível, os pobres na saúde pública. A lição: precisamos nos tornar mais próximos uns dos outros.
3) Revisar a vida que estamos levando: nossos hábitos, nossas relações humanas, higiene. Nasce a consciência de que precisamos valorizar mais a vida, respeitar mais nossa casa comum.
3) Descobriremos que precisamos, como humanos, nos tornar mais solidários a partir de agora. Deixarmos de ser menos autossuficientes. O vírus parou o ser humano.
4) Muitos redescobriram o ser família, despertou em cada um de nós a necessidade de estarmos mais perto uns dos outros.
5) Descobriremos novas formas de trabalhar, novas formas de organização, de ensino e de evangelização. Vamos buscar mais a Deus. O mundo e nossas igrejas não serão mais as mesmas.
O mundo não será mais o mesmo!