Por Serviço de Animação Vocacional
Era preciso usar a imprensa, o cinema, o rádio, a televisão, enfim, qualquer meio moderno criado pelo progresso para atingir o maior número de pessoas.
Então Jesus disse-lhes: ide por todo o mundo e anunciem a Boa Notícia para toda a humanidade” (Mc 16,15).
Este versículo bíblico nos faz compreender muito bem a história do bem-aventurado Tiago Alberione, fundador da Família Paulina. Alberione compreendeu no mandato de Jesus que era preciso fazer alguma coisa pelos homens e mulheres do novo século. Nesse sentido, o coração de Alberione torna-se espaço fecundo para acolher os apelos de Deus.
A Itália foi o berço que recebeu as primeiras sementes da missão dos Padres e Irmãos Paulinos. Alberione, desde criança, sentiu fortemente em seu coração o especial chamado do Senhor. Atento aos seus apelos ingressou no seminário, onde, com seriedade, foi se preparando para a futura missão que Deus lhe havia confiado. Com apenas 23 anos de idade, Alberione foi ordenado padre. Embora tivesse uma saúde bem precária, conseguiu ser homem de intensa atividade pastoral. Foi também capaz de profunda contemplação durante os longos anos de sua existência terrena. É o fundador da congregação dos Padres e Irmãos Paulinos, de quatro congregações femininas e de quatro institutos seculares. A todo o conjunto, deu o nome de Família Paulina.
Não somente deu início às várias congregações, mas cuidou de todo o processo para o reconhecimento oficial por parte da Igreja. Assistiu bem de perto a cada uma delas, levando, com sua presença, conforto, ânimo e encorajamento, especialmente nos primeiros tempos em que as dificuldades eram companheiras inseparáveis.
A Congregação dos Paulinos foi fundada na Itália em 1914 e mais tarde se espalhou pelos cinco continentes. Dono de uma impressionante visão de futuro, padre Alberione percebeu, no início do século XX, que era necessário potencializar a pregação da Palavra de Deus. De que modo senão com potentes meios?
Desde aquele momento se convenceu dos benefícios que podiam trazer os meios de comunicação social, não ficou mais sossegado. Era preciso usar a imprensa, o cinema, o rádio, a televisão, internet, qualquer meio moderno criado pelo progresso para atingir o maior número de pessoas. A consciência que tinha da nova missão fez com que ele se cercasse de outros evangelizadores. Inteligência, vontade, coração, mãos… tudo como o prolongamento do Cristo para a pregação do Evangelho. Aí está a origem e a identidade do religioso paulino.
Todo o dinamismo do padre Alberione só se explica pelo constante e intenso contato com Deus, sua confiança na proteção do apóstolo Paulo e em Maria, Rainha dos Apóstolos. Por isso, embora doente, prosseguiu pelejando até o fim. Alguns anos antes de sua partida deste mundo, houve quem, talvez por brincadeira, dirigindo-se a ele, saiu com essa: “É, padre Alberione, o senhor está ficando velho!”. Ao que ele respondeu: “Sim, estou ficando velho, mas ainda consigo cansar muitos jovens!”. No dia 26 de novembro de 1971, duas horas depois de ter recebido a visita do Papa Paulo VI, entregava sua alma a Deus.
