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21/05/2021

Papo vocacional: Maria, Rainha dos Apóstolos e os Paulinos

Por Serviço de Animação Vocacional

Imagem da Capela da Faculdade Paulus de Comunicação – FAPCOM

Os Padres e Irmãos Paulinos foram orientados por seu Fundador, padre Tiago Alberione, sobre a necessidade da oração: “Enquanto não estivermos conscientes de que a oração nos é necessária para viver, tanto quanto o pão e o ar, seremos insuficientes, vazios, volúveis”. Basta ter presente o testemunho da vida espiritual do Fundador, que era tecida de abundantes pregações, longas meditações e leituras espirituais, para compreender bem o que ele quis dizer com essas palavras. O primeiro mestre chegava mesmo a passar dias e mais dias em profunda oração, muitas vezes nada comendo ou se alimentando precariamente. Como ele mesmo dizia: “A oração, antes de tudo, acima de tudo, vida de tudo”.

A exemplo de padre Tiago Alberione, os Paulinos são chamados a ser contemplativos na ação apostólica. Necessariamente devem ser homens de Deus. Por isso, padre Alberione nunca cansou de dizer que “a oração é sempre mais urgente que as ocupações”. Ele não aceitava justificativas daqueles que não rezavam por se dizerem ocupados demais com o apostolado. Se percebesse ou soubesse que algum Paulino estava substituindo a oração pelo apostolado, advertia-o: “As obras de Deus realizam-se com homens de Deus”.

É de Maria que os Padres e Irmãos Paulinos aprendem a fazer o apostolado. Ela é Mãe e Mestra na missão. A espiritualidade mariana é profundamente apostólica. Maria foi a primeira apóstola, discípula e comunicadora da Palavra feita carne humana: “Mais que com tinta, Maria escreveu Jesus, isto é, formou-o com seu próprio ser, com seu sangue, por virtude do Espírito Santo. Dando-nos Jesus, deu-nos, nele, o Santo Evangelho”, assim escreve padre Alberione.

 A visão mariana que padre Alberione deixou aos Paulinos, no quadro ou imagem da Rainha dos Apóstolos, é a Mãe que oferece seu Filho ao mundo, ele que é Caminho, Verdade e Vida. “O Menino não deve ficar agarrado a Maria, como se esta o retivesse num gesto de ternura possessiva, mas literalmente oferecido, dado ao mundo, com seus bracinhos abertos em cruz e levando nas mãos o rolo da Palavra de Deus, porém, separado fisicamente do corpo da Mãe”. A missão dos Padres e Irmãos Paulinos é a mesma de Maria: dar ao mundo Jesus, Divino Mestre, Caminho, Verdade e Vida!

A oração não o “afastou” do chamado ao apostolado. Pelo contrário, fez da oração uma necessidade vital e do apostolado uma irradiação concreta dos frutos da oração: “Não há verdadeira oração, se também a mão não estiver de acordo. Oração, portanto, e trabalho. Trabalho que procede da oração”. Da oração retornava sempre à ação.

Para ajudar os Paulinos em sua vida espiritual, padre Tiago Alberione deixou três devoções, isto é, três “estilos de vida” principais para a Congregação: Jesus Divino Mestre, Caminho, Verdade e Vida; Maria Rainha dos Apóstolos e São Paulo Apóstolo. Nesta edição vamos conhecer a dimensão dedicada a Jesus Divino Mestre, Caminho Verdade e Vida Paulinos “têm, no plano humano, a missão que teve Maria no plano divino”. É Maria quem os convida a participar de sua missão maternal. O que ela espera dos Paulinos não é atributo de admiração, mas de colaboração. Maria quer que eles traduzam o seu amor a ela, realizando o apostolado fecundo como fez ela. Apostolado que não fosse mariano estaria fadado ao fracasso: “Para que o apostolado produza frutos, é moralmente preciso que seja acompanhado pela devoção a Maria. Infeliz daquele que, com o passar dos anos, perde ou deixa esfriar em si a devoção a Maria!”, assim escreve padre Alberione. Para que o apostolado seja mariano, não bastam alguns gestos de piedade, antes ou depois das ações. A devoção mariana deve enraizar-se verdadeiramente na maternidade continuada de Maria: a ação apostólica deve ser concebida e vivida como prolongação da ação de Maria. Nesse sentido, os Paulinos devem realizar “concretamente o apostolado de Maria, tornando-o atual e eficaz… o dever de dar Jesus Cristo ao mundo”, como desejava padre Alberione.