Blog

20/03/2022

Venerável Escolástica Rivata

Primeira Superiora Geral das Pias Discípulas do Divino Mestre

A alegria ao serviço de Deus

Úrsula Rivata nasceu em Guarene, Província de Cúneo, Itália, em 12 de julho de 1897, e no dia seguinte recebeu o Batismo na Paróquia São Pedro e São Bartolomeu. De família humilde e simples, era a primogênita de três filhas e um filho. Seus pais chamavam-se Antônio Rivata e Lucía Alessandria.

Úrsula aprendeu desde cedo, no âmbito familiar, a assumir responsabilidades importantes, a colocar-se na disp

onibilidade e gratuidade do serviço, ajudando a família, cuidando dos irmãos Giuseppina, Clotilde e Giácomo. Sua adolescência e juventude transcorreram em clima familiar, entre o trabalho e a Paróquia. Tudo lhe serviu de valiosa preparação para a tão aspirada consagração total a Deus.

Amadureceu precocemente. Muito jovem, experimentou o sofrimento e a dor da perda da mãe, ficando órfã aos seis anos. As circunstâncias lhe ensinaram a viver a pobreza, que praticou com maturidade. Ela mesma expressa por escrito mais tarde o que sentiu nesse momento tão difícil: “Foi a primeira grande dor da minha vida”. Depois o irmão Giácomo também vem a falecer. Outra vez ela passa pela experiência do sofrimento.

Na medida em que crescia, foi aprendendo a lidar com os desafios que iam surgindo na vida, nutrindo-se com a oração e a Eucaristia. Tudo o que passou e enfrentou, seja na vida familiar, no trabalho do campo, para ajudar o pai e os irmãos, e na Paróquia onde era catequista, favoreceu-lhe a rica formação e preparação para consagrar-se inteiramente a Deus.

Aos quinze anos, conheceu Eufrosina Binello, que lhe marcou a vida de forma bastante significativa, pois Deus se serviu de Eufrosina para fazer o chamado a Úrsula, como esta mesma nos conta: “Lá pelos quinze anos, o Senhor se serviu de uma companheira que conheci na fábrica de seda”.

Desse momento em diante, cresce uma grande amizade entre elas, que passam a ter o mesmo sonho, a mesma aspiração focada no único ideal de vida: servir a Deus com alegria, na doação total de suas vidas. Muito tempo antes já brotava no coração de Úrsula este grande desejo: “Imaginava ser Religiosa; então me vinham desejos de conduzir uma vida retirada, junto a outras companheiras, e servir a Deus na oração e na vida de perfeição”.

Certo sábado, já próximo do fim de 1921, foi à livraria, em Alba, à procura de um bom livro e foi atendida pelo Pe. Alberione, que a convidou para entrar no grupo que já habitava a Casa São Paulo. Foi decisivo para a sua vocação e missão esse encontro com o Pe. Tiago Alberione, que já havia fundado a Congregação dos Padres e Irmãos Paulinos em 1914 e as Irmãs Paulinas em 1915. Teve que enfrentar o maior desafio: a resistência da família, especialmente do pai, Antonio Rivata, que tinha outros planos para a filha e lhe havia apresentado um jovem que queria se casar com ela. Úrsula, diante do Sagrado Coração de Jesus, rezou: “Senhor, só Tu, e basta”. Esse lema caracterizou toda a sua existência. Sentindo-se fortalecida, respondeu ao pai que não aceitava a proposta de casamento. Depois de muita oração, luta e superação, conseguiu vencer tudo com coragem e determinação. Acompanhada pelo pai, chegou à Casa São Paulo no dia 29 de julho de 1922. Foi o próprio Pe. Tiago Alberione quem recebeu Úrsula em Alba. Levaram-na logo à capela, e nesse momento, surge no seu íntimo, como vinda do Senhor, uma voz suave que infunde nela uma nova certeza: “É aqui que eu te quero”.

Alguns meses depois, Pe. Alberione lhe dá um livro intitulado “As Mulheres do Evangelho”, a fim de prepará-la para a futura missão. Assim, deixou-se conduzir pela mão de Deus, acreditando na vocação.

Em Alba, no dia 21 de novembro de 1923, Úrsula e Metilde foram as primeiras escolhidas para a nova fundação, iniciada logo em seguida. Metilde pergunta ao Fundador: “Que faremos?” E o Pe. Alberione respondeu com um tríplice imperativo: “Farão silêncio, silêncio, silêncio”. Receberam o nome de Pias Discípulas do Divino Mestre, a terceira Congregação da Família Paulina. Úrsula soube doar-se plenamente ao serviço e missão, a exemplo das mulheres do Evangelho, das quais aprendeu o verdadeiro espírito de oração, a força, a coragem, o sacrifício, a audácia evangélica, e, sobretudo, o amor. O seu discipulado foi todo embasado no Evangelho de Jesus Cristo.

De fato, em 10 de fevereiro de 1924, Pe. Alberione fundou a Congregação das Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre. Nessa data o grupo já contava com oito jovens. Essa nova Família Religiosa “totalmente de Jesus Mestre, dedicada à adoração eucarística, ao apostolado sacerdotal e litúrgico, [devia chegar] a ser fonte de graça, à qual recorreriam as outras Famílias Religiosas, dedicadas mais especificamente à vida apostólica”.

Em 25 de março de 1924, Úrsula emitiu a Profissão Religiosa, recebendo o novo nome: Irmã Maria Escolástica da Divina Providência. O Fundador apresentou as “novas Irmãs” aos poucos membros que formavam a comunidade paulina nesse tempo, com estas palavras: “De agora em diante, aqui, dia e noite, estarão as Irmãs chamadas Pias Discípulas do Divino Mestre, que adorarão a Jesus Mestre presente na Eucaristia, a fim de alcançarem para a Família Paulina todas as graças necessárias para a santificação pessoal e para o bom resultado do Apostolado das Edições”.

No dia 27 de outubro de 1936, Escolástica emitiu os Votos Religiosos Perpétuos. Recebendo do Pe. Tiago Alberione a missão de orientar as Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre, tornou-se assim a Primeira Madre. Anos depois ela comentava: “Quando o Primeiro Mestre me escolheu, entre as oito, para confiar-me a responsabilidade das pessoas e das obras nascentes, experimentei uma grande confusão, uma profunda humilhação. Na oração, sentia meu nada e repetia: Senhor, tende piedade de mim”. Ela era muito atenta às pessoas, às vocações e à missão especial das Pias Discípulas. Comunicava a realidade da casa, a alegria de seu desenvolvimento, a vida de oração, o crescimento e a expansão da Pia Sociedade de São Paulo. Infundia confiança e coragem, iluminava e sustentava.

Em 1936 foi substituída por uma Filha de São Paulo, e enviada à Alexandria, no Egito, para fundar uma nova comunidade. Por vários motivos, depois de certo tempo, o Fundador a chama de volta a Alba e, em 1938, retoma o seu lugar de Mãe das Pias Discípulas.

O ano de 1946 é marcado por uma grande provação. Madre Escolástica é afastada de seu cargo, enviada à Casa dos Paulinos, na Via Portuense, em Roma, e em seguida parte para uma nova etapa do seu exílio, em Paris. Vive juntamente com toda a Congregação o mistério pascal, e, quando chega o Decreto de extinção das Pias Discípulas (24/08/1946), confia e nutre a esperança e a certeza da ressurreição, que acontece em 3 de abril de 1947, Quinta-feira Santa: o dia da Eucaristia, do Sacerdócio e da Liturgia (data da Aprovação Diocesana, em Alba). Neste dia, se leu o Decreto de Ereção Canônica da Congregação. Depois dos nomes da Madre Geral (Irmã Maria Lucía Ricci) e suas Conselheiras, se leu: “À Veneradíssima Madre Maria Escolástica Rivata, que foi como a notriz das Pias Discípulas e sua Mestra até a instituição canônica própria, o Primeiro Mestre – com as faculdades que lhe ortogou o Revmo. Pe. Angélico de Alexandria, ofmc –, deseja que se tenha filial agradecimento, respeito, deferência e piedade, como todas as Pias Discípulas desejam ter; tenha-se muito em conta seu ensinamento, seu conselho, sua orientação e sua oração; ela ocupará por benigna concessão do Revmo. Pe. Visitador Apostólico, o posto de Primeira ex-Superiora Geral, com os direitos que concede o artigo 17 das Constituições”.

Apesar de estar distante do centro da Congregação, ela exulta de alegria no Senhor, vibra juntamente com as demais Irmãs e reza sem cessar, continuando a sua doação total.

Em 12 de janeiro de 1948, a Congregação recebe a Aprovação Pontifícia, e, logo em seguida, o Fundador envia Madre Escolástica à Argentina com o encargo de Mestra das Noviças. Retorna à Itália em 1963 e permanece em Roma, na Casa Geral da Congregação. Em 1983, já idosa e adoentada, parte para Sanfré, Itália.

Irmã Lucía Ricci, Primeira Superiora Geral, escrevia: “A Madre Escolástica, como verdadeira Pia Discípula, encarnou e transmitiu realmente o espírito e o estilo de vida indicado desde o princípio pelo Fundador, na humildade, no escondimento, na simplicidade. Amante da Eucaristia, sem nenhuma dúvida pode qualificar-se como uma pessoa ‘contemplativa’, por sua íntima união com Jesus Mestre… Seu mandato, que durou cerca de vinte anos até 1946, conheceu duras provas, profundas humilhações, que ela soube superar com fé, com a oração, com uma heroica adesão à vontade de Deus, com uma paz e uma serenidade edificantes”.

No último período, que durou uns seis anos, se foi reduzindo cada vez mais a possibilidade do uso da palavra, até chegar ao silêncio absoluto. Isso sim: mantendo sempre o brilho de um olhar em que parecía poder-se ler a alegria da espera do céu, com a aceitação até as últimas consequências da recomendação: “Farão, silêncio, silêncio, silêncio”.

Apesar de estar nas origens de uma Congregação Religiosa, a Madre Escolástica passou toda sua vida quase no escondimento. Porém precisamente por isso está chamada, sem dúvida, a responder à necesidad dos fiéis de contar com novos modelos de santidade não exótica, senão tecida no âmbito da vida cotidiana, como companheiros de Caminho, pelo fato de ter vivido de maneira extraordinária o ordinário da vida, convertendo-se assim num Evangelho vivo. Deste modo se delineiam alguns elementos em sintonia com as atuais necessidades de respostas ao sentido profundo da vida de muitas pessoas.

A fidelidade ao carisma determinou seu itinerário espiritual pessoal, que foi crescendo dia a dia com relação ao prêmio eterno. Seu desejo de santidade corresponde à necessidade de estar junto a Cristo no Paraíso. A santidade é uma abertura que todo crente deveria experimentar, desde o Batismo até a vida eterna. A Madre Escolástica desejou o Paraíso, vivendo todos os atos de sua vida em comunhão com Cristo eucarístico. Percorrendo seu caminho humano e espiritual se ve claramente que todos os seus passos foram sustentados pela fidelidade confiante e  alegre ao carisma específico das Pias Discípulas. Efetivamente, com generosa entrega, se desgastou na superação das dificuldades, inclusive materiais, dos começos; com fortaleza e humildade defendeu o Instituto, quando era atacado ou não era reconhecido; permaneceu constantemente vinculada a ele inclusive quando foi afastada de cargos de responsabilidade.

Silêncio, capacidade de escuta e comunicação de vida: “Senhor, o que devo fazer?” (At 22,10). É a pergunta com que se poderia caracterizar a adolescência e a juventude de Úrsula Rivata. A resposta é que se dá ao Apóstolo Paulo: “Levante-se e vá… Aí vão explicar tudo o que Deus quer que você faça” (At 22,10). Em um mundo tão ruidoso como o nosso, onde se multiplicam de maneira desmesurada tantos meios e mensagens que frequentemente conduzem à não comunicação, a Madre Escolástica se apresenta com os traços da mulher do silêncio, com os joelhos dobrados diante da presença eucarística do Divino Mestre para apresentar quanto os meios de comunicação social ofereciam ao mundo, para que tudo fosse alcançado pela luz do Evangelho.

Amor e serviço no seguimento de Cristo, na obediência à Igreja: dar a vida é expressão do amor. Na Madre Escolástica se descobre a centralidade del misterio eucarístico vivido na gratuidade do dom de si mesma. Uma mensagem atual também para os homens e mulheres que exercem ministérios na Igreja reclamando obediência, especialmente quando algumas disposições tocam no vivo da própria carne e exigem uma adesão completa inclusive quando tudo quer se rebelar. Apesar das dificuldades e complicações, em reverente fidelidade ao Fundador e à autoridade eclesiástica, jamais se lhe escapou uma murmuração mesmo “tendo alguns e algumas que a contrariavam e a entristeciam até provocar aversão nela”.

Firmeza nas tribulações. Num mundo onde são demasiados os que buscan seus interesses egoístas, onde parece que o objetivo da vida é o de aparecer, no qual a violência faz estragos… ela escreve uma página do dom da vida, de não ter inimigos, porque acolhe a todos, inclusive aos que a fazem sofrer, com o olhar e o coração do Mestre Divino, “escondida com Cristo em Deus” (Cl 3,3): na escasez de meios de subsistência, segundo o espírito paulino, parece descobrir-se encarnada nela a expressão do Apóstolo Paulo: “Sei viver na pobreza e na abundância” (Fl 4,12). O amor ao próximo, estreitamente relacionado com o amor a Deus do quall procede, está na base de todas as iniciativas da Madre Escolástica especialmente em favor do apostolado litúrgico e sacerdotal.

Por diversos motivos, em todas as etapas de sua vida viveu intensamente os problemas sociais, e de maneira especial uma preocupação e atenção à família: uma característica tão importante em nossa época, que ve desmoronar-se os valores familiares. Valorizou extraordinariamente a laboriosidade, o amor ao trabalho. O tinha aprendido desde sua mais tenra idade, e depois, quando entrou em São Paulo, encontrou o trabalho inculcado pelo Pe. Alberione como uma das características de sua Familia. Dele aprendeu também a transformar toda ocupação em ocasião de oração e de oferta: tudo se convertia em apostolado.

Outras virtudes humanas que destacam na vida da Madre Escolástica: a veneração para com seus familiares e o respeito aos Superiores. Uma virtude que se expressa na veracidade, na fidelidade, na simplicidade, na gratidão, na misericórdia, na afabilidade, na imparcialidade. Todas qualidades que se encontram amplamente personificadas nela, que sempre esteve determinada pela defesa da fé e dos valores cristãos: a glória de Deus no culto, na liturgia e a conversão das almas, lhe preocupavam mais que tudo; com grande sentido de equilíbrio tratava a todos igualmente, benévola e afável com todo mundo. A Madre Escolástica se distinguia por seu espírito de maternidade espiritual, cheia de bondade e desvelos por todos, pelo que todos se sentiam especialmente amados e movidos a corresponder-lhe.

Uma característica inesquecível é sua capacidade de diálogo com as esperanças do futuro, com um coração jovem, capaz de compreender a linguagem dos jovens, aberto ao presente e construtor do futuro. Muitos dos testemunhos sobre a Madre Escolástica apontam ao seu sorriso, que transmitia alegria. Desde sua primeira opção que a fez exclamar “Senhor, só tu, e basta”, até a consumação de seu oferecimento, experimentou a alegria duradoura de quem se põe ao serviço dos demais com gratuidade. Uma alegria que passa pelo camino da Paixão e vive na luz da Ressurreição, e que todavia hoje comunica a paz de Cristo ressuscitado.

A vida de Maria Escolástica Rivata, foi uma vida simples, sem fatos extraordinários, porém rica de conteúdos espirituais, entrelaçados com ações ordinárias, realizadas com fidelidade e constância na presença de Deus, com perfeita docilidade ao Espírito, sobretudo nos momentos mais difíceis. Em seus sessenta e cinco anos de Vida Religiosa assumiu o papel de “vítima silenciosa” e viveu a “cotidianidade”, consciente de ter-se consagrado ao serviço do Mestre, presente na Eucaristia, nos Sacerdotes e na liturgia, para a reparação, e para a própria santificação e dos demais. Especialmente os últimos quarenta anos viveu alegre realizando todas as tarefas humildes que a obediência lhe solicitava, porque amava verdadeiramente a vida oculta, para mergulhar-se cada vez mais na contemplação e na intimidade com Deus.

A Eucaristia, que tinha sido o objeto principal de seus desejos e de suas opções, se foi convertendo cada vez mais intensamente no centro de sua vida. Quando avançada em anos e fisicamente debilitada poderá administrar livremente seu tempo, o aproveitará para aumentar a oração, indicando os motivos: o Santo Padre recomenda estas necessidades, os sacerdotes as necessitam, a sociedade deve recuperar os valores humanos e cristãos, e é necessário reparar pecados, os problemas do mundo são muitos, tem que ajudar especialmente com a oração.

A mesma opção pela virgindade consagrada se situa dentro da vontade de entregar-se por completo a si mesma e cada momento de sua vida a amar a Deus e a cumprir sua vontade. Fazia todo o possível por exteriorizar seu amor a Deus, com ações orientadas exclusivamente a sua maior glória. Em sua vida há momentos heroicos, no exercício das virtudes teologais, vividas por amor, na adesão à vontade de Deus, na obediência; porém o mais extraordinário se deu no ordinário da vida diária. Suas conversas, seus escritos, suas palavras estavam constantemente inspiradas pela fé, e suas conclusões habitualmente eram sobre a presença de Jesus eucarístico, sobre a Virgem, sobre o motivo de esperança certa: o céu!

A Madre Tecla Molino, Superiora Geral naquele tempo, foi testemunha de um fenômeno extraordinário: “tinha impressos em seu corpo, ao lado esquerdo do tórax, os sinais da Eucaristia: uma hóstia com a inscrição JHS. Este fenômeno foi observado por mim pessoalmente; e como eu, tiveram ocasião de vê-lo as Irmãs enfermeiras que cuidavam da Madre Maria Escolástica e a Superiora da casa daquele tempo”. Disso não se fala depois do reconhecimento dos restos mortais. Poderia pensar-se em um autêntico fenômeno místico, dom de Deus por sua fidelidade à Eucaristia.

Em 24 de março de 1987, em Sanfré, veio a falecer, enquanto a comunidade celebrava as Primeiras Vésperas da Anunciação do Senhor. Contemplando o Sim de Maria, Madre Escolástica disse o seu último sim terreno. Pode-se dizer que ela cumpriu a missão com todo o ardor apostólico, seguindo e amando “Jesus seu Mestre e seu único Amor”. Madre Escolástica distinguiu-se por sua humildade e fé. Precedeu sempre e em tudo suas Irmãs com o exemplo de fidelidade ao Evangelho, à Igreja e ao Fundador. A sua vida é para nós um testemunho vivo por sua fé, sua coragem ao enfrentar as dificuldades da Congregação e da missão, sua grande confiança em Deus, sustento de sua serenidade e de sua força, a exemplo de Maria e das mulheres do Evangelho.

O Processo de Beatificação e Canonização foi aberto no dia 13 de março de 1993. Desde o dia 3 de abril de 2008 seus restos mortais repousam na Igreja de Jesus Mestre, de Roma. Em 9 de dezembro de 2013, a Igreja reconheceu a heroicidade de suas virtudes e a proclamou Venerável.

A vida da Madre Escolástica é um precioso estímulo a vivir a fidelidade à vocação como resposta à fidelidade com a que Deus chama e distribui seus dons. Em uma sociedade na qual são cada vez mais forte os impulsos a nivelar tudo e a conformar-se com identidades condicionadas e provisionais, pode ser um válido reclamo para a maturidade cristã, que exige fazer frutificar os dons recebidos, até alcançar “a medida da plenitude de Cristo”.

Oração

Ó Trindade divina, Pai, Filho e Espírito Santo, nós vos adoramos e vos agradecemos, porque, na vossa infinita sabedoria, suscitaste Madre Escolástica Rivata, piedosa e fiel discípula de Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida.Ela foi a primeira, entre muitas, a realizar a particular vocação e missão, a serviço da Eucaristia, do Sacerdócio e da Liturgia.

Segundo o vosso divino querer, vos pedimos que ela seja glorificada, a fim de que tenhamos no céu uma protetora que nos estimule a ser “em Cristo membros vivos e operantes na Igreja”. Por sua intercessão, concedei-nos a graça que agora vos pedimos… (Pedir as graças de que necessita).

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

Ó Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tende piedade de nós.

Rainha dos Apóstolos, rogai por nós.

São Paulo Apóstolo, rogai por nós.

De todo o pecado, livrai-nos, Senhor.

Venerável Irmã Maria Escolástica Rivata

 Local de nascimento: Guarene (Cúneo, Itália).

Data de nascimento: 12 de julho de 1897.

Morte: 24 de março de 1987, Sanfrè (Cúneo, Itália).

Venerável: 9 de dezembro de 2013.

Do livro Modelos de Santidade da Família Paulina