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19/10/2020

Bem-aventurado Timóteo Giaccardo: o fidelíssimo entre o fiéis

Por Manoel Gomes, ssp

Celebrar a memória do Bem-aventurado Timóteo Giaccardo é motivo de grande alegria para toda a Família Paulina, de modo especial para os Padres e Irmãos Paulinos. Somos levados a voltar nosso olhar para os inícios da congregação, quando ainda era conhecida como escola tipográfica. Lendo o seu diário e outros escritos podemos ver como era a realidade daqueles primeiros jovens reunidos pelo padre Alberione para trabalharem com a boa imprensa e qual o espírito que os animava.

Um título dado pelo padre Alberione quando comunicou a morte do Senhor Mestre – assim era conhecido o Bem-aventurado Giaccardo – resume bem aquilo que foi sua vida: “fidelíssimo entre os fiéis”. Sua vida foi feita de obediência e fidelidade a Deus e àquele que era, para ele, seu representante, o padre Tiago Alberione. Durante toda a sua vida esteve empenhado em fazer-se santo como apóstolo da boa imprensa. Foi o mestre das primeiras gerações de paulinos e verdadeiro pai para as congregações femininas que foram sendo fundadas. Especial amor dedicou às irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre, oferecendo a própria vida pela aprovação da congregação.

José Giaccardo – esse era seu nome de batismo – nasceu no dia 13 de junho de 1896, em uma família simples e humilde. Foi batizado no mesmo dia do seu nascimento e consagrado à Virgem Maria, o que, para ele, era uma grande graça. Conheceu o jovem sacerdote Tiago Alberione na paróquia de Narzole, onde servia desde muito pequeno como coroinha.

Aquele encontro, embora ele não pudesse imaginar, mudaria para sempre a sua vida. Ajudado pelo padre Alberione – que se tornou também seu diretor espiritual –, entrou para seminário de Alba com o firme propósito de fazer-se padre. Em 1917, depois de um longo período de discernimento, resolve passar do seminário diocesano para a nascente congregação fundada pelo seu diretor espiritual. Foi uma decisão muito difícil, porque significava deixar o seminário e os projetos que ele tinha para a sua vida como padre diocesano.

Na congregação, assumiu desde o primeiro dia a função de mestre. Foi o que, de todos os modos, ele se tornou para todos os que com ele puderam conviver: os jovens daqueles primeiros anos vividos na pobreza e total confiança na providência; aqueles que, junto com ele, empreenderam a grande aventura de abrir a comunidade em Roma e viram a providência divina manifestar-se de diversas formas; aqueles que viveram com ele quando superior da Casa Mãe, quando essa contava com cerca de 500 pessoas e viam ele se dedicar sem reservas ao cuidado das pessoas e do apostolado; aqueles que, por fim, o acompanharam nos seus últimos tempos em Roma como vigário geral da congregação e especialmente dedicado à causa de reconhecimento das Pias Discípulas.

As palavras escritas pelo fundador no número especial do boletim interno da congregação dedicado à memória do Bem-aventurado Giaccardo são comoventes e expressam bem a grandeza deste que foi o primeiro sacerdote paulino: “A quem quisesse conhecer quem encarnou todo o ideal do Paulino na sua integralidade se deveria indicar o ‘Senhor Mestre’”. Um pouco antes, no mesmo texto, havia dito: “Representava bem o Senhor: no altar, no confessionário, no púlpito, nas conversações, na escola, nas recreações, nas conferências, em todo o complexo dos ofícios desempenhados e na sua vida privada, sempre representava bem o Senhor, era o Alter Chrtistus (outro Cristo)”.

  Peçamos ao Senhor que nos dê a graça da obediência e da fidelidade, assim como concedeu ao Beato Giaccardo, para que façamos em tudo a sua santa vontade!

 

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