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27/11/2021

Advento nosso de cada dia

Por Felipe Borges, Seminarista Paulino

A Igreja, em sua rica sabedoria, nos convida a mergulhar no mistério de Cristo ao longo do Ano Litúrgico. O Advento inaugura anualmente o Ano Litúrgico. A palavra Advento significa “o que está para vir”. Assim esse tempo nos prepara para três visitas, três vindas, como nos ensina o Papa Francisco:

“A primeira visita — todos o sabemos — foi a Encarnação, o nascimento de Jesus na gruta de Belém; a segunda acontece no presente: o Senhor visita-nos continuamente, todos os dias, caminha ao nosso lado e é uma presença de consolação; por fim, teremos a terceira, a última visita, que professamos todas as vezes que recitamos o Credo: Virá de novo na glória para julgar os vivos e os mortos” (Ângelus, 27.11.2016).

A primeira visita recordamos anualmente, com alegria, no Natal.

A segunda visita quer ser um convite à reflexão. Como acontece nosso encontro com o Senhor no cotidiano da nossa vida, a começar pelos que moram conosco: nossos familiares, amigos, pessoas que não pensam como nós, colegas de trabalho, moradores de rua, enfermos, prisioneiros, pessoas que passam fome, enfim todas aquelas pessoas que, de um jeito ou de outro, fazem parte do nosso cotidiano? Quando não nos preocupamos com nosso próximo, ignoramos o próprio Deus, pois somos todos imagem e semelhança dele.

O Advento acontece no cotidiano e não podemos estar acomodados, achando que nossa fé só é alimentada pela prática sacramental da liturgia, da oração ou do simples repetir fórmulas com os lábios. Nossa fé precisa se manifestar vivamente nas práticas cotidianas, assim estaremos preparados para o encontro definitivo com o Senhor e Juiz da história diante do qual nos apresentaremos com nossas obras boas ou más (na terceira e definitiva visita).

Servindo-nos da oração proposta pelo Papa Francisco (na Audiência do dia 17/11/2021), para bem vivenciar este tempo litúrgico do Advento, recorramos a São José, de um modo todo especial na conclusão deste ano a ele dedicado:
Vós que sempre confiastes em Deus, e fizestes as vossas escolhas guiado pela sua providência, ensinai-nos a não contar tanto com os nossos projetos, mas com o seu desígnio de amor. Vós que viestes das periferias ajudai-nos a converter o nosso olhar e a preferir o que o mundo descarta e marginaliza. Confortai quantos se sentem sozinhos e apoiai quantos se comprometem em silêncio para defender a vida e a dignidade humana. Amém.

Nossa Senhora, Virgem do Novo Advento, rogai por nós!

 

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