Por João Paulo da Silva, Postulante Paulino
O cuidado da mãe nunca é pequeno diante dos desafios e das perseguições.
Muitas são as figuras que classificam Maria, muitas são as maneiras de imaginar como ela conversava com o seu Filho. Desde a infância era apresentada a mim e a todos os católicos o exemplo de mãe. Em uma época em que nas escolas ainda se podia rezar o terço e cantar músicas marianas. Lembro-me do coro de crianças cantando “eu era pequeno, nem me lembro…”, pois de fato éramos pequenos. O tempo passou e a sociedade tem sofrido muitas mudanças, a figura materna tornou-se apenas um exemplo frágil de “amiga”, e muitas assim se posicionam diante de seus filhos. Porém, uma coisa que aprendi é que a mãe nunca é amiga do seu filho, a mãe é MÃE.
Olhemos a pessoa da Virgem Maria; ela era uma mulher simples, pouco tinha a oferecer ao seu filho. Pobre mulher, não teve sequer a oportunidade de dar à luz o seu filho em um lugar adequado. Mas era uma mulher que encarou a vida, sofreu o terror da perseguição, fugiu para o Egito para salvar seu filho, e foi uma dura viagem. Teve que superar os medos e alcançar a força necessária para ajudar o seu filho a crescer firme e forte. Pobre mãe, que, mesmo sabendo os desafios que devia enfrentar, encara-os com toda a coragem possível. Mulher santa, que acompanhou o seu menino até o alto da cruz. Não o abandonou, como fizeram seus amigos, pelo contrário, ficou cuidando dele do princípio até o fim. Ela viu o seu sonho, o seu desejo, o seu amor morrer numa cruz, desprezado pelos homens. Mas foi também ela que testemunhou a ressurreição daquele que nunca a abandonaria.
Esta mulher, com o passar do tempo, perdeu no coração de muitos a posição que pertence só a ela. E como em sua época, é criticada e abandonada, mas ela permanece firme no sofrimento e jamais abandona os seus filhos. Espero que entendam o porquê que uma mãe nunca será amiga de seu filho, nunca será porque uma mãe nunca o abandonará. A mãe deve seguir sempre o exemplo da Virgem Mãe de Deus, ser firme nas correções e cuidadosa nos perigos. A mãe nunca deve aceitar o erro, pelo contrário, pois se ela ama verdadeiramente o seu filho ajudará na correção. O exemplo de Maria é a obediência a Deus e aos seus mandamentos; o mesmo deve ser imitado por todas as mulheres que oferecem sua vida para que a obra de Deus seja completa em sua família.
