Por Pe. Mário Pizetta, ssp
O ser humano só assume história quando tem um projeto. O homem é o seu projeto, da mesma forma que o homem é sua vocação.
“Fazer algo por Deus e pelos homens do novo século” (Pe. Alberione, História Carismática da Família Paulina, 15).
Pe. Tiago Alberione, autor desse pensamento é o fundador da congregação religiosa à qual pertenço.
Tudo começou quando um dia ele disse à professora: “Eu vou ser padre”. Poderia parecer uma ideia ousada para um menino de apenas sete anos. Alguém poderia pensar que era querer “forçar” a vontade de Deus. Não! Era somente o primeiro sinal de vocação que desabrochava, de vocação que marcaria os novos tempos.
Aos 16 anos, Alberione recebe como que uma confirmação. Em profunda oração, na intimidade da adoração com o Cristo, percebe a certeza do convite do Mestre: “Vinde a mim todos” (Mt 11,28).
Em nossa vida, nada ocorre por acaso. Tudo tem significado, se soubermos ler com os olhos da fé. Mas é só o tempo que leva a pessoa a compreender os verdadeiros planos de Deus. Assim acontece com cada um de nós, vocacionados. Assim aconteceu com o Pe. Alberione, que aos poucos foi descobrindo os planos de Deus a seu respeito.
É lógico que no caminho existem segredos que não compreendemos. Então relutamos, mas por fim cedemos, e aí tudo ganha velocidade…
Entretanto fica questão: o que é ter um projeto?
Dissemos que é aos poucos que o homem vai descobrindo os sinais de Deus em sua vida. O que isso tem a ver com um projeto de vida?
Ter um projeto de vida é estar em sintonia com a vontade de Deus. Nenhum projeto tem consistência no plano da vocação se não for para fazer o reino de Deus crescer.
Um projeto direciona as energias e as forças para determinada meta. É isto que Pe. Albeione fez em sua vida de jovem: “Desde então, tais pensamentos influenciaram seus estudos, sua prece, toda a formação. A ideia, no início muito confusa, tornava-se mais clara com o passar dos anos, tomou aspecto mais concreto” (História Carismática da Família Paulina, 21).